As reclamações dos utentes relacionadas com constrangimentos nos serviços de ginecologia e obstetrícia registaram um aumento de 113% nos primeiros sete meses do ano, indica uma análise do Portal da Queixa. Só entre junho e julho, 41% das reclamações reportam problemas com estes serviços em várias unidades hospitalares do país.
Entre os principais motivos de reclamação apresentados pelos utentes: mais de 60% das queixas reporta a falta de qualidade de atendimento destes serviços (atendimento em urgência, atendimento em consulta, atendimento telefónico, etc.). Problemas com o parto é outra das causas apontadas.
Entre as unidades hospitalares que registaram o maior número de reclamações dirigidas ao serviço de Ginecologia e Obstetrícia estão o Hospital de Faro e o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos.
Casos no Portal da Queixa
Negligência, mau atendimento e até complicações no parto. Estas são algumas das experiências partilhadas por várias utentes no Portal da Queixa.
Existem denúncias de complicações com o parto numa reclamação dirigida à Maternidade Alfredo da Costa, onde a utente descreve o mau atendimento e prestação por parte da equipa médica.
Uma grávida de 35 semanas reportou, na queixa dirigida ao Hospital de Faro, o facto de estar à espera há dois meses para fazer ecografia naquela unidade de saúde.
Uma outra grávida partilhou na sua reclamação a má experiência no atendimento que teve no serviço de urgência de obstetrícia do Centro Hospitalar do Barreiro-Montijo.
O mesmo motivo deu origem à queixa registada por uma outra utente que relata a alegada negligência por parte de uma médica que a assistiu nas urgências do Hospital de Faro.
“Falta de assistência, empatia e paciência no parto”, é o motivo da reclamação de uma parturiente contra o serviço da maternidade do Hospital de Vila Franca de Xira.