Associação Académica de Lisboa pede suspensão das propinas
Perda de rendimentos e inexistência de aulas práticas são razões apontadas
A Federação Académica do Porto (FAP) e a Associação Académica de Lisboa (AAL) estão a alertar para os efeitos da pandemia da COVID-19 no ensino superior.
Segundo o Correio da Manhã desta segunda-feira, os estudantes estão a enfrentar diversos problemas como o desemprego ou a diminuição do rendimento das famílias. Bernardo Rodrigues, presidente da AAL, diz mesmo que as dificuldades dos estudantes para pagar os quartos "são cada vez maiores": apesar da maior parte ter regressado a casa dos familiares, os alunos têm de manter a despesa. "No mínimo, um quarto custa 300 euros por mês", alerta. Num inquérito relizado pela associação, cerca de 4 mil estudantes, além do preço do alojamento, mostraram-se preocupados com a inexistência de aulas práticas, dificuldades no acesso ao ensino à distância ou a equipamentos e o pagamento das propinas. Por isso mesmo, a associação está a pedir a "suspensão da cobrança de todo o tipo de propinas no ensino superior público, privado ou concordatário".
Ao mesmo diário, Marcos Alves Teixeira, presidente da FAP, é mais cauteloso: não pedindo a supensão da cobrança de propinas, reinvindica o "alargamento do período de pagamento sem juros acrescidos. Nenhum estudante pode deixar de estudar por falta de dinheiro", sustenta.